Uma foto que circula desde o final de semana nas redes sociais repercute como um deboche e provoca indignação em eleitores do município de Taió, no Alto Vale do Itajaí (SC). Na imagem, políticos ostentam para a câmera a fartura de uma festança regada a bebidas variadas e com direito a muitos nacos de carne nos espetos, sem qualquer preocupação com aglomero ou falta de máscara em plena pandemia do novo coronavírus e sem nenhum peso de consciência por conta da atual crise econômica que já reduziu a quantidade e a qualidade dos alimentos na mesa da população.
O grupo reuniu o prefeito da cidade e seis vereadores taioenses. Na fotografia, da esquerda para a direita, aparecem: vereador Aroldo Peicher Junior – “Peixinho” (MDB), vereador Flavio Molinari (MDB), vereadora Clarice Fonseca Longen (MDB), vereador Ricardo Oenning – “Kakai” (PSD), vereador Edésio Fillagranna (PSDB) e também o prefeito Horst Alexandre Purnhagen (MDB) e o presidente da Câmara de Vereadores William Henrique Noriller (PSD).
A data exata do evento, o local escolhido e a quantidade de pessoas reunidas na festa são desconhecidos.
Também não se sabe ainda se a aglomeração descarada e desmascarada provocou a disseminação de novos casos de Covid-19 no município.
Entretanto, ficou claro que políticos que foram adversários na última campanha eleitoral e que, hoje, em tese, deveriam ser de oposição, refestelaram-se diante da mesma churrasqueira.
Apenas três dos nove vereadores do legislativo municipal não teriam participado.
Crise, a palavra que não existe no dicionário dos políticos
E meio à crise sem precedentes, o povo trabalhador está impactado pelo drama de uma pandemia com quase 600 mil mortos pela Covid-19 no Brasil. Além disso, sofre com a alta de preços de alimentos e combustíveis obrigando-se a cortar gastos em tudo para o dinheiro alcançar as contas.
No entanto, para o prefeito de Taió, Horst Alexandre Purnhagen, para o presidente da Câmara de Vereadores, Willian Henrique Noriller e para os outros cinco vereadores – Peixinho, Molinari, Clarice, Kakai e Fillagranna – é tempo de vacas gordas. Afinal, o que acaba custeando as extravagâncias é o dinheiro que sai dos impostos cobrados do povo.
E a fartura vai além das imagens da festa regada a bebidas e muita carne na brasa.
Nos salários, a abundância também aparece. Por falar nisso, os custos aos cofres públicos, apenas com os vencimentos do prefeito e dos seis vereadores que se exibem na foto, ultrapassarão os R$ 2,5 milhões neste mandato.
Barriga saliente e gordura acumulada também no bolso
Abaixo, veja quanto cada um dos sete políticos da churrascada recebe mensalmente. Repare que parte deles acumula salários de dois cargos.
Aliás, considerando a generosa silhueta corporal da maioria, dinheiro para sustentar banquetes, pelo visto, não tem faltado.
• Horst Alexandre Purnhagen (MDB): R$ 18.990,13.
• William Henrique Noriller (PSD): R$ 8.040,76.
• Aroldo Peicher Junior – “Peixinho” (MDB). Salário de Vereador: R$ 5.360,50 + salário de Fiscal de Tributos: R$ 6.191,42, totalizando mensalmente vencimentos de R$ 11.551,92.
• Edésio Fillagranna (PSDB). Salário de Vereador: R$ 5.360,50 + salário de Operador de Equipamentos: R$ 2.426,85, totalizando mensalmente vencimentos de R$ 7,787,35.
• Flavio Molinari (MDB). Salário de Vereador: R$ 5.360,50 + salário de Agente Técnico: R$ 2.993,61, totalizando mensalmente vencimentos de R$ 8.354,11
• Ricardo Oeninng – “Kakai” (PSD): R$ 5.360,50
• Clarice Fonseca Longen (MDB): R$ 5.360,50
Com a palavra, o povo…
O que você achou da festa ostentada pelos políticos de Taió em período de crise e pandemia?
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Fonte: Da Redação