“Tem que bater com um gato morto no lombo de quem acompanhou essa obra; até o gato miar!”, ironiza caminhoneiro ao criticar perigo de tombar em desníveis de trechos recuperados da BR-470.
Desvie o veículo de uma ‘panela’ e sinta a pancada das rodas em uma ‘cratera’. Tenha um mínimo de falta de sorte… e lamente amortecedores estourados, pneus furados ou aros amassados.
A precariedade de diversos trechos da BR-470 exige mais do que manobras de campeão e resistência dos veículos. Também requer fé! Uma boa reza nunca é demais antes de enfrentar o desafio de trafegar na rodovia sem sofrer prejuízos ou até acidentes.
Horrível!
Essa é a melhor definição para os trechos críticos de uma das mais importantes rodovias de Santa Catarina, que liga as regiões leste e oeste do estado.
Por mais que se cuide, solavancos – de afrouxar o carro – podem ser sentidos na passagem pelos municípios de Rodeio, Ascurra e Apiúna, na região do Vale do Itajaí.
A pista também é péssima, com buracos tomando conta, entre Lontras e o posto da Polícia Rodoviária Federal, em Rio do Sul, incluindo a ‘Curva do S’, na travessia urbana da cidade.
De tanta buraqueira, a passagem pelo município de Trombudo Central também dá nos nervos.
O alívio dura pouco. De Pouso Redondo ao trevo de Curitibanos, na Serra, dá uma melhorada. Porém, dali em diante não se sabe qual é o maior ou o menor buraco para desviar e, literalmente, é preciso se arrastar entre 10 e 15 quilômentros por hora, reclamam motoristas.
Mas não é só!
Trechos que ganharam nova camada de asfalto são outra ameaça. Entre a primeira ponte de Ibirama e o trevo de Lontras, por exemplo, motoristas denunciam que a pista recuperada tem inclinações fora do padrão em curvas, aparentando defeito grave na execução do projeto.
Em alguns lugares, a ‘terceira faixa’ apresenta desníveis bem no meio da pista. Dependendo do tipo de caminhão e da carga transportada não dá para usá-la, pois o veículo pode tombar. “Tem que pegar um gato morto e dar no lombo do cara que acompanhou essa obra; até fazer o gato miar! Um engenheiro que teria que acompanhar uma obra e não enxerga um negócio desse deveria cassar o registro profissional dele!”, ironiza e desabafa um caminhoneiro (não autorizado a ser identificado) que todos os dias enfrenta a rodovia.
E você? Já teve ou está tendo ‘experiências de rally’ em plena BR-470?
Foto: Patrick Rodrigues
Fonte: Da Redação