Parlamentares afirmaram, na sessão de terça-feira (3) da Assembleia Legislativa, que uma disputa eleitoral impede o uso de recursos do Tesouro barriga-verde nas obras das BRs 470, 280 e 163.
“O governador pediu autorização, a Assembleia autorizou, a bancada federal se manifestou favorável, os senadores Esperidião Amin (PP) e Dário Berger (MDB) apoiaram, mas um dos senadores é contra e está havendo disputa política com contornos pré-eleitorais, prejudicando toda uma região, colocando em risco todos os moradores do Vale do Itajaí”, denunciou Ricardo Alba (PSL).
Segundo o representante de Blumenau, uma minuta do convênio que versa sobre o uso dos recursos está no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) há quase 60 dias, contudo, sem resposta.
“Parece que o Dnit de Santa Catarina e o Dnit Nacional estão embarrigando”, lamentou Alba, acrescentando que a autorização legislativa previu o uso dos recursos nos lotes um e dois.
Valdir Cobalchini (MDB) deplorou a disputa.
“Recurso na veia, para fazer com que as obras andem, o Estado suplica, oferece, ‘toma aqui de bandeja’, e o que estamos vendo? Que algum iluminado aceite esses recursos e faça andar essas obras. O que temos de fazer a mais?”, perguntou Cobalchini.
Ivan Naatz (PL) discordou.
“Inventaram um factoide para dizer que tem disputa política na BR-470, não tem. O governo do Estado é que tem de ter competência para dizer onde coloca o dinheiro, o governador que vá a Brasília”, ironizou o líder do Partido Liberal.
Voto impresso
Jessé Lopes (PSL) voltou a defender o voto impresso e auditável e criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela deflagração de processo de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro pela divulgação de dados falsos sobre as eleições no país.
“Querer processar o Bolsonaro porque fez uma live mostrando as possíveis fraudes?”, reagiu Jessé, completando que somente o PT e a deputada Ada de Luca (MDB) são contra o voto auditável.
Ada de Luca (MDB) respondeu à ironia do colega.
“É a volta do voto carbonado, do orelhão e da ficha, da máquina de datilografia, que retrocesso é esse, não vejo explicação contundente”, avaliou Ada.
Fonte: ALESC