Recentemente, os deputados catarinenses turbinaram o próprio salário, que já era de R$ 31,2 mil reais.
O presidente da Alesc, Mauro de Nadal, do MDB, passou a consumir 50% a mais, ou R$ 15,6 mil por mês, do contribuinte – apenas por ser o presidente.
Os outros membros da mesa diretora ganharam direito a 30% desse valor, ou seja, R$ 9,3 mil, um ‘extra’ também estendido para presidentes e vices de comissões permanentes – desde que participem de quatro sessões mensais.
E não é que depois deste “puxadinho” no salário dos parlamentares, colegiados que não se reuniam há muito tempo passaram a ter pauta semanal?!
Entretanto, os temas desses encontros são “vergonhosos”.
Uma fonte, que terá o direito ao sigilo garantido pelo Alto Vale Agora, contou à nossa equipe que “tem comissão se reunindo para votar UM requerimento, ou UM ofício” apenas.
É que a cada encontro, “o presidente e o vice da comissão recebem 25% do bônus, e [então] fazem questão de promover as tais quatro reuniões para ter os 100%” do valor extra nos salários.
Só para ter uma ideia do que está acontecendo, “antes, os colegiados se reuniam quando tinham pelo menos dois ou três projetos para votar”.
Quando o tal “bônus” não existia, “as comissões de Justiça e de Finanças já se reuniam toda semana; as de Saúde e Trabalho a cada duas semanas; a de Educação um pouco menos. A de assuntos municipais era inoperante, mas neste ano começou a ter reuniões frequentes antes do bônus. As demais comissões simplesmente não funcionavam”, revelou nosso informante.
A Alesc tinha 21 comissões e, há poucas semanas, criou mais duas…
Apenas seis dos 40 deputados estaduais não teriam direito às gratificações.
Democraticamente, nosso espaço permanece aberto – sem custo algum – para eventual manifestação dos nossos parlamentares beneficiados com mais essa mordomia.