A Polícia Civil prendeu o prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti (PSL), em flagrante, por suposta recepção dolosa de uma caminhonete Hilux, que constava com registro de roubo. Na sequência, foi concedida liberdade provisória e aplicação de medidas cautelares pelo Juízo da Vara Criminal da Comarca de Canoinhas e condução da denúncia pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
A manifestação do MPSC se deu após a lavratura do flagrante pela suposta ocultação do veículo suspeito nos fundos da casa do prefeito. O laudo feito na sequência pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) informou que se tratar de um veículo cujo número do chassi – sem sinal de adulteração – pertencia a um automóvel licenciado no Município de Nova Santa Rosa (PR), com registro de roubo e placas pertencentes a outra caminhonete, licenciada em Mauritânia (GO).
As medidas cautelares são proibição de frequentar bares e boates, comparecer ao Juízo, manter endereço atualizado e não se afastar da comarca por mais de 30 dias sem autorização judicial, recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, e pagamento da fiança de R$ 11 mil.
Apesar de o prefeito contar com foro de prerrogativa de função, o suposto crime não tem relação com o seu cargo público, por isso o processo corre em primeiro grau e não perante o Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Alberti é investigado na quarta fase da Operação Et Pater Filium, deflagrada na semana passada, e a prisão em flagrante aconteceu após mandados de busca e apreensão na sua casa e na prefeitura. O MPSC e a Polícia Civil apuram casos suspeitos de fraude à licitação, corrupção, peculato, entre outros crimes.